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Cultura local em pauta

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Por Wilame Prado

Pouco mais de 50 participantes, entre artistas e produtores culturais da cidade, participaram da 2ª Audiência Pública de Cultura, organizada na última quarta-feira, na Câmara Municipal. A pauta principal das discussões da audiência – organizada por um Grupo de Trabalho (GT) hoje composto por 13 membros – , foi a necessidade da organização da categoria artística e da importância da formatação do Plano Municipal de Cultura.

Como fruto da primeira audiência organizada pelo grupo, no ano passado, a principal conquista foi um aporte de 85% no montante destinado ao Prêmio Aniceto Matti, que hoje serve como principal incentivo cultural para a classe artística local. De R$600 mil, o Prêmio passou a R$ 1.100.000.

Este ano, diz a atriz e mestre em Políticas Públicas Laura Chaves, os esforços dos envolvidos estão voltados para o entendimento de que é preciso pensar nas artes locais como produto cultural minimamente rentável para que os artistas tenham condição de trabalhar e morar em Maringá. E isso depende de esforços, segundo ela, do poder público. “Que tenhamos as propostas cumpridas, pois os artistas, agentes e produtores culturais que lá estiveram esperam poder continuar vivendo na cidade, como trabalhadores que somos, do produto cultural que a arte de cada um pode oferecer para a apreciação da comunidade e o sustento de nossas vidas”, diz Laura.

O ator e servidor da Câmara Joaquim Santos, também membro do GT, lamenta a ausência de alguns representantes de setores na audiência. “Houve diálogo, desabafo e reivindicações. Faltaram representantes de instituições importantes da cidade como universidades, Sesc e a própria Secretaria de Cultura”, observa.

Em viagem a Curitiba, a secretária de Cultura de Maringá, Olga Agulhon, confirma que recebeu convite para participar da audiência, mas não pôde ir porque já havia se inscrito em um curso sobre produção, cultura e desenvolvimento, promovido pela Caixa Econômica Federal na capital. “As pessoas têm direito de fazer audiência sobre temas diversos e conversar sobre assuntos importantes”, considera. “Quando respondi para o presidente da Câmara (Ulisses Maia) explicando minha ausência, comentei que gostaria de receber o resultado e as propostas da audiência via documento.”

Joaquim Santos explica que os resultados serão relatados em ata, a ser enviada ao Executivo, à Secretaria de Cultura, aos vereadores e disponibilizada no site da Câmara. “Em resumo, os resultados apresentam um diagnóstico de como artistas e produtores culturais veem a cultura na cidade e como o GT tem se articulado no cenário.”

Pós-audiência
Além da elaboração e implementação imediata do Plano Municipal de Cultura em conformidade com o Sistema Nacional de Cultura, o GT definiu uma série de reivindicações que comporão a ata da 2ª Audiência Pública de Cultura.

Laura Chaves enumera: “A devolução do Cine Teatro Plaza à população para fins culturais; a revisão e consequentemente a aplicação da Lei de Incentivo à Cultura (6411/2003); planejamento e execução de ações do projeto Céu das Artes; a desburocratização dos editais de fomento; que o orçamento para 2015 contemple com recursos os projetos propostos e que sua execução seja transparente e abrangente; endosso das propostas entregues por ocasião da I Audiência Pública e que parte está contida também na Agenda Maringá; avaliação da cenotécnica dos teatros Barracão e Reviver, que se encontram em estado de ‘perigo’, entre outras.”

*Reportagem publicada sábado (27) no caderno Cultura

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